A condição social do negro na Bahia século XIX

Jeferson Soares Cerqueira

Metodologia:O trabalho tem como abordagem histórica a História Social  que estuda as organizações sociais,como família,instituições e categorias que o tráfico de escravos fez desmoronar analisando como a escravidão praticada no Brasil despersonalizava esses cativos,resgatando o seu processo histórico até chegar a Bahia do século XIX.

Resumo:Neste trabalho proponho apresentar as principais etnias que vieram para a Bahia no período de 1851 a 1888,as condições de sobrevivência desses cativos em terras desconhecidas.

Palavras Chaves:cativos 1,tráficos 2,etnias 3,bantus 4.

Introdução:Os cativos quando deixaram o continente africano para uma vida de  sofrimento em terras distantes e desconhecidas,largaram suas famílias e reinos e comércio,a exemplo de marfim e sal estruturas essas que os europeus não  aceitavam e depreciavam esses  negros julgando que não existiam culturas entre eles.Fomentando com muita intensidade o comercio de negros principalmente para o Brasil.

As etnias que aportaram na Bahia,foram principalmente as Iourubas,Bantus,Haussás entre os meados de 1828 a 1830 época em que o tráfico  já começava a entrar na ilegalidade.

1.Ser visto como mercadoria:

Mesmo vivendo em reinos onde viviam talvez como escravos mas não como mercadorias muitos destes cativos nem imaginavam o que esperavam em terras baianas o processo de mercadológico.A intensidadade do tráfico era tão grande que alugueis de galpões na região do centro histórico de Salvador próximo ao bairro do Pilar começaram a surgir.Assim que chegavam nesses mercados eram passados um a um oléo de palma para dar vigor aos músculos para esconder feridas pelo corpo provocado pelo tempo que ficavam em alto mar nos navios.A as condições de viagens eram péssimas uma média de 25 toneis de água para 100 cativos a alimentação era a base de legumes secos arroz e mandioca.

2  O trabalho:

A vida nos engenhos prevalecia com uma média de 80 a 100 escravos,homens fisicamente já estabelecidos que viviam em senzalas,diferentes de seus senhores que viviam na casa grande,essas casas muitas vezes ficavam em pontos estratégicos pois muitos deles vigiam as senzalas . As jornadas de trabalho prevalecia sub divididas da seguinte forma 12 a 14 horas no verão,já no inverno não chegava até 12 horas.

A moagem da cana de açúcar era intensa sendo uma operação de extrema periculosidade era geralmente observada pelo próprio senhor ou por uma pessoa de extrema confiança,geralmente um homem de sua estima que na maioria das vezes era também um escravo de” boas  relações” nestas jornadas qualquer descuido resultava numa amputação de membros geralmente mãos e braços.

2.1 Reconhecidos por suas habilidades:

Muitos desses cativos quando exerciam algumas habilidades como serviços domésticos,artesanatos,logo os senhores aproveitavam para relacionados de outras formas de explorações a exemplo:escravos domésticos,ganhadeiros.

2.2Relação Senhor e Escravo:

As estratégias dos senhores de escravos eram muitas,mas vale destacar a forma de dispersar as etnias.

O  pensamento era que todo instante misturassem  o máximo que pudessem  para despersonalizalos  com isso evitavam fugas desordens,sempre mostrando para os cativos o seus “poderes”.Muitas vezes a obediência era uma das formas de sobrevivências  acreditando o senhor que aceitando ordens e a religião deles os cativos já estavam submissos.Vários cativos ao longo dos anos ficaram libertos e conseguiram formar e manter juntas de alforria,mantendo relações com a sua religião de matriz africana,mesmo sendo perseguidos pelos subdelegados da época que muitas vezes também frequentavam as casas desses africanos.

Considerações:

Busquei trazer o máximo de informações sobre o trabalho por isso passando as relações desses cativos com o tráfico negreiro.

Provocações:

1:Estabelecida a escravidão a imagem do senhor é sempre a de um homem “branco”.

Mas em Santiago do iguape na Bahia 46,5% dos senhores eram ex escravos negros.

Em campos dos Goytacazes no Rio de Janeiro,1/3 dos senhores eram negros também.Mas não devemos esquecer que foram 4 milhões de africanos trazidos a força para serem explorados por seus senhores.

Referencias:Mattoso,Kátia de Queirós,Ser escravo no Brasil-São Paulo:Brasiliense.

14 Comentários

  1. eudesamigo said,

    5 de junho de 2010 às 22:29

    Oi, falta postar seu texto. Clique em editar e escreva seu artigo. Não se esqueça de garantir os aspectos metodológicos essenciais para a formatação de um artigo cientifico.

    • jef04 said,

      10 de junho de 2010 às 23:06

      Olá Eudes como vai?
      Então acabei postar a metodologia,segundo professor ñ precisa ser como artigo,mas por fv verifique se estar bom conto com sua colaboração um abraço jeferson.

  2. cosma2 said,

    21 de junho de 2010 às 19:23

    Jereson,é muito intersante voce ter escolhido esse tema, gostei mostra que sua intelectualidade, vem se desnvolvendo com decrrer do tema , e o interssante da junção de etinia mostra que a peversidade dessa mistura é para que não houvessse um entendimento e ficaria muito mais dificil de entendimento pois se sabe que na Africa ja havia um luta entre tribos e tinia diferente e melhor linguas indioma diferente , e os senhores justamnte faz questão de mistura para que house um disputa e não entendimento e fortlecimento entre -se.

  3. 21 de junho de 2010 às 23:03

    Gostei muito do seu tema, vá em frente pois vc é o Cara.

  4. ucsalvane23 said,

    22 de junho de 2010 às 19:12

    Gostei do seu trabalho, principalmente quando vc fala da relação senhor e escravo.
    elivane

  5. eudesamigo said,

    22 de junho de 2010 às 19:27

    Vejas as orientações dadas pelo professor Alfredo acercada organização do texto. Sugiro que você veja as normas da ABNTem relação aos trabalhos científicos. Trabalhe em cima de sua metodologia. Seu etxto está sem desenvolvimento e conclusão.

    • jef04 said,

      23 de junho de 2010 às 19:43

      Ok vou melhorar até sexta ou talz sábado por xausa do jgo do BRASIL eu faço uma nova postagem.

  6. 27 de junho de 2010 às 0:38

    Olá Jeferson, interessante esses dados… Contudo não posso deixar de destacar que o sonho de quem tem fome é um prato de comida, quem tem sede é um copo d’agua e dos dominados o de tornarem-se dominadores…
    O sistema estrutural da sociedade é agora a referencia de organização social para estes individuos, portanto a mentalidade esta corrompida e alguns conceitos, talvez absurdos, agora tão intrísecos que já não podemos culpa-los. Isto nada mais é que a reprodução natural e inconsciente de uma herança cultural de um sistema escravista.
    Quantos em tempos atuais não o fazem???
    Muitos negros e/ou descendentes, “socialmente premiados” com a possibilidade de transposição de um sistema que lhe imputa uma condição de marginalização, e o atingem simplesmente reproduzem em cima dos não premiados as praticas cotidianas instítuidas por este mesmo sistema que o “acolheu”… Basta analisar a postura dos “capitães do mato” da nova ordem social sobre seus “irmãos de cor ” nas senzalas perifericas da cidade…

  7. 27 de junho de 2010 às 14:32

    Olá Man!!!

    Gostei do seu trabalho. Achei também interessante o ponto de vista da nossa colega Patrícia. É isso aí

    Abraço

    Danilo Santana

  8. joanan13 said,

    27 de junho de 2010 às 20:24

    e aí camarada,
    gostei do seu trabalho e da provocação que voce nos trouxe.
    creio que para o negro neste duro sistema de escravidão, era-lhes necessário uma acessão social na bahia, mesmo que para isso fosse possível dominar outras pessoas africanas.
    para os africanos existiam diversos grupos na áfrica, e muitos deles guerreavam entre si, fazendo com que na bahia houvesse uma continuação da disputa étnica de dominação. para se ter uma idéia da organização étnica, Joao reis diz que os negros se organizavam etnicamente na mesma irmandade e no mesmo terreiro.

    ate mais,

    Joanan

  9. cosma2 said,

    28 de junho de 2010 às 0:04

    A difrencia que faz entre viver como escravo é na sua tera natal e totalmente difernte como mercadora , aqui no Brasil no seculo XIX, algo direcionado pelos europeus, e justamente se percebe a força da questãso racial e como desdobrado…..

  10. roneco2009 said,

    28 de junho de 2010 às 5:59

    Desde a sua escravidão, até os dias de hoje, a população negra está submissa por uma constituição que é apenas atualizada durante o tempo, e cujas leis não beneficiam os negros.
    Segundo os últimos índices pesquisados referentes aos Indicadores Sociais Mínimos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), as crianças negras e pardas têm uma alta taxa de mortalidade, cerca de dois terços maior que a das crianças brancas de mesma idade.
    Os dados revelam que uma criança negra, de até cinco anos de idade, tem 67% chances a mais de morrer do que uma criança branca, concluindo que 76 crianças negras morrem para cada mil nascidas vivas. Entre as crianças brancas este número é de 46 para cada mil.
    Já entre os adultos, os homens e mulheres que trabalham com carteira assinada é de 41% para os negros e 58% para os brancos.

    Adorei seu texto, parabéns, espero estar acrescentando algo com meu comentário….

    Comentário de Ronaldo Coelho

  11. irisrai said,

    28 de junho de 2010 às 11:36

    Muito interessante o seu trabalho. falar sobre esse tema é bastante importante para nós. isso pór que o negro contribuiu muito para a formação econômica do nosso país. sendo assim nao podemos esquecer de sua cultura,tradições que até hoje levamos adiante.

    ÍRIS ROCHA

  12. kmmiloka said,

    30 de junho de 2010 às 19:31

    Muito interessante você trazer a questão da relação senhor x escravo. Principalmente (se entendi corretamente) quando se traz a tona a questão do senhor negro. Em meu trabalho analisei também essa questão, quando o capitalismo traz consigo a idealização de igualdade entre os homens, quando os mesmos são livres. Onde há sim diferença entre o homem negro livre – que busca ascensão, também por meio de obtenção de escravos – que torna-se senhor e o senhor branco.

    MuitO bom… Parabéns!!!


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